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https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/123456789/3010
metadata.dc.type: | TCC |
Title: | Candomblé e psicologia: possíveis diálogos |
Authors: | Vitor, Luisa Ferreira |
metadata.dc.contributor.advisor: | Neubern, Maurício da Silva |
Abstract: | O presente trabalho trata dos aspectos subjetivos do candomblé, e objetiva-se a lançar luz sobre estes a partir do estudo dialógico entre os teóricos das Ciências Humanas e Sociais, a fim de estabelecer um diálogo entre a Psicologia e o Candomblé. O trabalho foca-se em três pontos principais: a relação adepto-orixá e a relação com o sagrado; as relações entre os membros do candomblé e as tensões advindas delas; e a noção de doença e saúde e os meios terapêuticos utilizados. Concluiu-se que o candomblé constitui-se como referência identitária para seus adeptos, pautando as relações sociais dos sujeitos candomblecistas no nível de comprometimento com o sagrado. Os adeptos da religião vivenciam um contexto cultural e social bastante peculiar. Tal religião merece a devida atenção, visto que se constitui como uma maneira distinta de ver o mundo, de interagir e de dar sentido às experiências humanas. O orixá representa para o filho-de-santo uma proteção, e como tal simboliza a promessa de que tudo dará certo, e de que há um lugar na existência reservado para ele. As obrigações, os Ébos e o Borí são formas de agradar e agradecer ao orixá pelas gratificações da vida, quanto mais se dá, mais se recebe. Essas oferendas constituem-se como meio pelo qual o filho-de-santo mantém o equilíbrio entre o mundo dos deuses e dos humanos, e é por meio delas que ocorre a manutenção do axé. Os orixás fornecem aos seus filhos padrões de comportamento, comumente chamados de arquétipos, os quais influenciam suas atitudes e a construção de suas identidades. Os filhos de determinado orixá tendenciam a determinados trejeitos, atitudes, gostos e maneira de ver e interpretar o mundo. A identificação com os arquétipos poderá ser positiva ou negativa, dependendo da responsabilidade e da maturidade do filho. As relações adepto-adepto são permeadas por uma rígida hierarquia, na qual cada um possui um papel específico dentro da religião. Tal rigidez, por vezes, culmina em disputas entre os membros que simbolizam a busca por uma elaboração diferencial da identidade, onde o objetivo principal é o reconhecimento do grupo e da autoridade máxima do terreiro, o pai ou a mãe-de-santo. Nesse contexto, percebe-se que o candomblé representa também um contexto sócio-cultural, pois ele oferece diversas realidades para seus adeptos, normas e regras próprias. Como resultado, o sujeito candomblecista vivencia seus problemas e seus conflitos direcionando-os para sua relação com o sagrado, e não para fora dele. Os problemas surgem por causa do desequilíbrio entre o céu e a terra, daí surge o adoecer física e psicologicamente. Assim, torna-se necessário o estudo dessa religião para compreender o sentido dado ao mundo que se vive pelos seus adeptos, e para que dessa forma possam-se estabelecer diálogos entre o cuidado religioso e o cuidado psicológico. A partir da psicologia da religião, tenta-se estabelecer o diálogo entre a Psicologia e o Candomblé. Tal diálogo torna-se possível na medida em que se respeite a singularidade do sujeito, e insira-se o contexto religioso deste no processo terapêutico como uma realidade da pessoa, uma referência existencial. |
Keywords: | Candomblé Psicologia Sentido |
Citation: | VITOR, Luisa Ferreira. Candomblé e psicologia: possíveis diálogos. 2008. 87 f. Monografia (Graduação em Psicologia) – Faculdade de Ciências da Educação e Saúde, Centro Universitário de Brasília, Brasília, 2008. |
URI: | https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/123456789/3010 |
Issue Date: | Jun-2008 |
Appears in Collections: | PSI - Graduação |
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