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https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/235/12032
metadata.dc.type: | TCC |
Title: | Melancolia, contemporaneidade e depressão: uma busca do sujeito pela escuta de seus significantes |
Authors: | Nogueira, José Henrique Vilches |
metadata.dc.contributor.advisor: | Schneider, Ciomara |
Abstract: | Fundamentado na abordagem teórica da psicanálise, esta pesquisa bibliográfica propôs compreender a diferença entre melancolia e os estados depressivos neuróticos, incluindo os matizes dados pelo contexto da contemporaneidade à depressão. A revisão de literatura seguiu o curso narrativo e a pesquisa teve caráter exploratório. Segundo a concepção freudiana, na melancolia o sujeito encontra-se entregue à pura cultura da pulsão de morte. Sob o imperativo do Supereu, está aquém das contas que tem a prestar. O grau de impotência é tamanho que culmina na falência do próprio desejo. No discurso psiquiátrico, a melancolia constitui a cena da psicose maníaco-depressiva, ou, contemporaneamente, o transtorno afetivo bipolar. Os estados depressivos implicam sujeitos em condição de nostalgia do Ideal do eu como uma forma de encobrimento da falta, demonstrando o retorno da castração em seu componente narcísico. Tal disposição possibilita entender o deprimido como um sujeito castrado (anverso da psicose), ou seja, aquele pertencendo à condição das estruturas neuróticas. A contemporaneidade se evidencia tanto na cultura do narcisismo como na sociedade do espetáculo. Tomando-se o pressuposto que a construção da subjetividade tem como base as configurações sociais, políticas e culturais vigentes no tempo; apreende-se que o modelo de exclusão contemporâneo congrega uma espécie de ideologia da felicidade baseada na supervalorização da dimensão imaginária, apresentada em “espelhos” de charme, beleza, popularidade e padrões de vencedor. Aprisionado na dimensão primitiva da necessidade e da demanda, o homem contemporâneo vê reduzida sua capacidade de lidar com a falta e com a condição de impotência. Diante da realidade, a dinâmica de castração é comprometida. Assim entendido, tomando-se a perspectiva lacaniana, a depressão pode ser incluída numa espécie de ponto de basta psíquico à ideologia da felicidade e sua bem-adaptação à velocidade, à euforia e à saúde como normativo de comportamento. Entretanto, tal constituição defensiva implica numa perda de lugar junto à versão imaginária do Outro, pressupondo comprometimento da inclusão do sujeito no laço social. Na práxis é necessário indagar o que a depressão tem a dizer aos profissionais da psicanálise. Para isso, o analista não deve temer o sujeito depressivo, mas sim buscá-lo nas expressões e em lugares onde seus significantes perdem sentido, fato este não considerado pela psiquiatria. |
Keywords: | Depressão Contemporaneidade Melancolia |
Citation: | NOGUEIRA, José Henrique Vilches. Melancolia, contemporaneidade e depressão: uma busca do sujeito pela escuta de seus significantes. 2016. 43 f. Monografia (Especialização em Teoria Psicanalítica) – Instituto CEUB de Pesquisa e Desenvolvimento, Centro Universitário de Brasília, Brasília, 2016. |
URI: | https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/235/12032 |
Issue Date: | 2016 |
Appears in Collections: | PSI - Pós-graduação em Teoria psicanalítica |
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