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https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/prefix/15893
metadata.dc.type: | Livro |
Title: | Da teoria a prática: experiências no estágio em psicologia organizacional do trabalho |
Authors: | Queiroga, Fabiana (org.) Pereira, Janice (org.) |
metadata.dc.identifier.orientador: | QUEIROGA, Fabiana; PEREIRA, Janice (org.). Da teoria a prática: experiências no estágio em psicologia organizacional do trabalho. Brasília: CEUB; ICPD, 2021. |
Abstract: | O Centro de Formação de Psicólogos – Cenfor faz parte da estrutura organizacional do Centro Universitário de Brasília – UniCEUB como unidade funcional do Curso de Psicologia, área da Instituição que coordena os estágios supervisionados. Os estágios em Psicologia se prestam a atender diretamente pessoas e organizações/instituições da comunidade do Distrito Federal. A finalidade desta unidade institucional é beneficiar aqueles que não possuem recursos financeiros ou que não têm acesso livre ao atendimento psicológico particular. Em consonância com as regulamentações da Lei do Estágio (Lei n.º 11.788/2008), as atividades no Cenfor são supervisionadas por professores-orientadores em todos os setores e durante o processo de atendimento. Além disso, com vistas a assegurar seu adequado andamento, as atividades também seguem as resoluções do Conselho Federal de Psicologia (CFP) para registro documental (Resolução CFP nº 1/2009), para produção de documentos (Resolução CFP nº 7/2003), o Código de Ética (Resolução CFP nº 10/2005) e também a Resolução que institui a Consolidação das Resoluções do Conselho Federal de Psicologia (Resolução CFP nº 3/2007). O encaminhamento da clientela ao Cenfor de Psicologia ocorre por meio de instituições, empresas, hospitais e escolas que conhecem os trabalhos desenvolvidos, além da possibilidade de o interessado solicitar seu próprio atendimento. O atendimento se dá nas áreas de atuação do Psicólogo e é feito por meio de Setores Especializados: ● Setor Clínico Infantojuvenil, com atendimentos psicoterápicos individual e em grupo, estimulação precoce, orientação a pais e a profissionais não psicólogos e de diagnóstico. ● Setor Clínico Adultos e Idosos, com atendimentos psicoterápicos individual e em grupo, de casal, sexual, familiar, e pacientes psiquiátricos; orientação psicológica a cuidadores e profissionais não psicólogos e de diagnóstico. ● Setor Hospitalar, com intervenções em UTI, enfermarias e ambulatórios, serviços de reabilitação, atendimento a pacientes institucionalizados com transtornos psicológicos graves. Setor de Consultoria Escolar, nas áreas de inclusão escolar e relações interpessoais. ● Setor organizacional, com gestão de pessoas, comportamento organizacional e saúde no trabalho. ● Setor Psicossocial, com diversos atendimentos e intervenções junto à população em situação de vulnerabilidade (vítimas de violência doméstica, encaminhados pela justiça, usuários de drogas lícitas e ilícitas). ● Setor de Triagem e Psicodiagnóstico, com atendimento inicial de triagem para os demais setores e unidades, psicodiagnóstico solicitado por outros profissionais e instituições e orientação vocacional e profissional. Supervisão de estágio em diversas áreas da Psicologia Organizacional e do Trabalho. Ao longo de 25 anos de supervisão em Psicologia Organizacional e do Trabalho (POT), inúmeros campos foram atendidos e diversos trabalhos foram realizados na área de Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho, Preparação para Aposentadoria, Diagnóstico Organizacional em diferentes temáticas (clima organizacional, satisfação e comprometimento no trabalho, motivação para trabalhar entre outros), Modelagem e Implementação de Processos de Gestão de Pessoas com a criação de rotinas para todos os subsistemas: recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento, avaliação de desempenho, implementação de Sistemas de Gestão por Competências, elaboração, execução e avaliação de Projetos de Treinamento e Desenvolvimento, análises e revisão de rotinas, técnicas e práticas voltadas para o Recrutamento e Seleção de Pessoas, incluindo a Avaliação Psicológica para avaliar potencial para o cargo e também atendimentos relacionados à Orientação Profissional. As atividades de estágio são muito importantes para que o egresso possa iniciar sua carreira profissional com mais segurança e desenvoltura profissional. Portanto, esse é um momento crucial da formação profissional, uma vez que viabiliza ao estagiário aplicar conhecimentos adquiridos em sala de aula. Nesse contexto, é importante destacar que, além de ser uma exigência da legislação, o acompanhamento pela Instituição de Ensino Superior (IES) é fundamental para o aprimoramento profissional na área de estudo em que o estágio ocorrerá. Caso não haja o acompanhamento de uma IES, o estágio corre o risco de ter seu objetivo desvirtuado e se transformar em mais uma forma de trabalho precarizada em que se valoriza apenas o baixo custo. Por isso, a etapa de acompanhamento é crucial para o bom desenvolvimento das atividades de estágio e, naturalmente, para o desenvolvimento profissional do estudante. Embora se considere que já há um formato único para a realização da supervisão, para que a etapa de acompanhamento ocorra de maneira exitosa, é preciso que bastante atenção seja dispensada na etapa de planejamento (BorgesAndrade & Freitas, 2020). Em seguida, começa a etapa de acompanhamento das atividades que serão executadas em campo. No Cenfor, a supervisão dos estágios em POT ocorre semanalmente com grupos de até 12 alunos. Nesse formato, os estagiários são convidados a relatar como suas atividades transcorreram ao longo da semana e é adotado um formato misto de reuniões com encontros coletivos mesclados com acompanhamento individuais de atividades em cada campo. O relato do estagiário não deve ser meramente descritivo, mas também articular teoria e prática. Para tanto, em geral, reserva-se a primeira parte, no início do semestre letivo para o resgate da literatura e para o debate de temas que serão objeto de estágio entre os alunos. Esse é um momento importante para se identificar as principais lacunas em conhecimentos e competências dos estagiários e fazer uma última preparação para a entrada no campo profissional. Ouvir o relato dos colegas sobre o que tem sido realizado no campo de estágio é igualmente importante nas reuniões de acompanhamento. Além de desenvolver a habilidade de escuta, possibilita a superação de desafios a partir da troca de experiências entre os alunos. Conforme é ressaltado no Manual de Orientação para Docentes-Supervisores de Estágio em POT, essa diversidade nas supervisões coletivas contribui para o desenvolvimento de competências afetivas, éticas e sociais, bem como para o amadurecimento do aprendizado individual, e ainda permite aumentar a transferência de aprendizagens para diferentes contextos (Zerbini et al., 2020). Portanto, além do relato bem estruturado que, como dito, deve ser articulado com a teoria, a participação bem colocada durante a supervisão também é objeto de avaliação dos supervisores. O início das atividades práticas ocorre com um primeiro diagnóstico do campo de estágio realizado na organização a ser atendida. Esse diagnóstico, que visa subsidiar o plano de atividades e/ou a elaboração de um projeto de intervenção, deve reunir documentos para o planejamento das atividades, descrição dos objetivos e da metodologia, e as tarefas que deverão ser ênfase do estágio em questão. O plano ou projeto de intervenção é construído com o auxílio do supervisor e depois validado pelo preceptor em campo. Ao longo do semestre os alunos são orientados a fazer pequenos registros semanais das suas atividades e, ao final, esses apontamentos irão compor o relatório de campo a ser entregue para os preceptores. O relatório final é, portanto, um documento em total consonância com o plano inicialmente elaborado que registra o que foi possível realizar ao longo do semestre, o que não foi e o que impediu a realização daquilo que foi previsto. É nesse relatório que os alunos sistematizam como suas intervenções, pautadas nas teorias psicológicas, auxiliaram na solução do que foi diagnosticado inicialmente. De forma articulada com a disciplina de Psicologia Social, as primeiras experiências de análise do campo e o planejamento de intervenções no campo de POT ocorre cerca de ano antes da atividade de estágio (ver coletânea de casos organizadas por Queiroga et al., 2019). Assim, pode-se perceber que o atendimento que ocorre nos campos de aplicação da POT no Cenfor, ao mesmo tempo que é espaço para transferência de conhecimentos e desenvolvimento de competências entre os alunos, é também campo de coleta de dados e informações que retroalimentam o ensino. É a partir dessa perspectiva que este livro pretende sistematizar as práticas conduzidas e supervisionadas com os alunos desse campo de atuação. Sabemos que outros esforços tem sido empreendidos no sentido de subsidiar intervenções (ver por exemplo Pérez-Nebra, 2021). Assim, esperamos que esse material venha a somar no apoio para outras intervenções semelhantes àquelas que serão relatadas aqui e também sirvam para reflexão crítica do ensino em Psicologia Organizacional e do Trabalho. |
Keywords: | Psicologia organizacional Psicologia do trabalho |
URI: | https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/prefix/15893 |
Issue Date: | 2021 |
Appears in Collections: | BIB - EBooks |
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