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dc.contributor.authorMasini, Daniela Viecili Costa-
dc.date.accessioned2022-08-30T20:09:49Z-
dc.date.available2022-08-30T20:09:49Z-
dc.date.issued2022-
dc.identifier.urihttps://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/prefix/16105-
dc.description.abstractO objetivo deste trabalho é discutir algumas das articulações entre os discursos médico e bolsonarista. Trata-se de refletir sobre o papel da medicina no social e seus impactos nos modos de subjetivação contemporâneos, através de uma pesquisa qualitativa baseada no método de Análise do Discurso. Os principais dispositivos teóricos utilizados foram a teoria do discurso de Laclau e Mouffe, estudos acerca do discurso bolsonarista e a teoria psicanalítica, em especial a lacaniana. Foram analisadas matérias de revistas médicas e falas de representantes de instituições médicas de referência – como o Conselho Federal de Medicina, a Associação Brasileira de Psiquiatria e a Associação Médica Brasileira –, assim como postagens e comentários do grupo de Telegram "Médicos Pela Vida". Com base nas análises realizadas, pode-se dizer que o núcleo duro da articulação entre os discursos médico e bolsonarista é o significante-vazio "verdade", através do qual é construída uma relação de oposição, em que, de um lado, está a "verdade", e de outro, a "política", a "ideologia" e a "corrupção". Assim, ao buscar sustentar seu estatuto de veracidade, o discurso médico articula-se a múltiplas formações simbólicas de caráter conservador e reacionário, como o discurso da "anti-ideologia", da anticorrupção, e do anticomunismo, ao mesmo tempo em contribui para a construção de uma fantasia social de uma sociedade harmoniosa regida pelo "consenso". Essa construção simbólico-imaginária baseia-se na negação do político enquanto dimensão ontológica do social, e no ocultamento do Real disruptivo que emerge a partir do político. Da confluência entre o discurso médico e outras construções simbólicas com as quais este se articula, emerge o sujeito do consumo, que mediante o "medo da morte" e o contexto de objetificação do outro, busca assujeitar-se ao saber médico. A identificação com o discurso médico oferece, por um lado, certo reconhecimento social e conforto diante da incerteza do social, mas por outro lado, conduz a um empobrecimento dos processos de simbolização e a uma precarização dos laços sociais. Por fim, o discurso médico parece contribuir para um processo de desdemocratização através do engendramento de subjetividades pouco inclinadas para o exercício democrático, o qual demanda uma certa abertura para a alteridade e para o pluralismo político.pt_BR
dc.description.provenanceSubmitted by Priscilla Barreto (priscilla.barreto@uniceub.br) on 2022-08-26T13:01:43Z No. of bitstreams: 1 21485129.pdf: 2548720 bytes, checksum: 67e08cc112925274732e7024590e9d96 (MD5)en
dc.description.provenanceApproved for entry into archive by Fernanda Weschenfelder (fernanda.weschenfelder@uniceub.br) on 2022-08-30T20:09:49Z (GMT) No. of bitstreams: 1 21485129.pdf: 2548720 bytes, checksum: 67e08cc112925274732e7024590e9d96 (MD5)en
dc.description.provenanceMade available in DSpace on 2022-08-30T20:09:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 21485129.pdf: 2548720 bytes, checksum: 67e08cc112925274732e7024590e9d96 (MD5) Previous issue date: 2022en
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.subjectDiscurso médicopt_BR
dc.subjectDiscurso bolsonaristapt_BR
dc.subjectPolíticopt_BR
dc.subjectModos de subjetivaçãopt_BR
dc.titleSobre o discurso médico e bolsonarista: uma distopia à la brasileirapt_BR
dc.typeTCCpt_BR
dc.date.criacao2022-
dc.identifier.orientadorJuliano Moreira Lagoaspt_BR
Appears in Collections:PSI - Graduação

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