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metadata.dc.type: TCC
Title: Psicologia e religião: limites e possibilidades
Authors: Braga, Guilherme Neves
metadata.dc.contributor.advisor: Neubern, Maurício da Silva
Abstract: A presente monografia objetiva demonstrar o difícil diálogo entre religião e ciência – especificamente – psicologia e psiquiatria – abordando-se as resistências científicas em considerar o aspecto religioso para além do psicopatológico; e visa ilustrar as possibilidades de articulação entre ciência e religião na proporção de saúde e bem-estar psicológico. O senso religioso é tão antigo quanto a própria humanidade, configurando-se como importante forma de perceber o mundo. Contudo, com o advento do racionalismo e do cientificismo a relação entre religião e conhecimento válido tornou-se conturbada. Este trabalho discorre, assim, sobre o caráter subjetivo humano e as concepções de objetividade que permearam as ciências emergentes no Renascimento. Demonstra que em sua busca pela objetividade, o homem moderno entrou em duelo com sua própria subjetividade e abandonou as possibilidades salutares da experiência religiosa, despercebendo-se da dimensão transpessoal, sagrada, espiritual, inerente ao fenômeno religioso não secularizado ou institucional. Ilustra a função da religiosidade como proporcionadora de ordem para o mundo; a relação entre a quebra do paradigma medieval e o vazio existencial que permeia o homem pós-moderno. Situa que a relação “íntima” do sujeito religioso com o divino configura-se como a “verdadeira” religiosidade. Relata a continuidade do fenômeno religioso na pós-modernidade, a despeito das heranças cientificistas dos tempos modernos, destacando-se que o homem pós-moderno, é, então, um ser caracterizado pela insegurança, por um vazio existencial que o movimenta, paradoxalmente, a uma busca pelo transcendental. Constata que, fundamentalmente, a Psicologia Analítica e a Psicologia Transpessoal apresentam-se como possibilidades efetivas para um diálogo entre ciência e religião, pois consideram que o homem possui uma dimensão espiritual e compreendem que a religiosidade afigura-se como condição fundamental para o estabelecimento da saúde física e mental, entendendo esta última, como decorrente da integração psicológica entre a instância consciente e os conteúdos inconscientes. Demonstra que prevalece no campo científico o legado positivista, organicista, e nesse âmbito aponta para os problemas da visão psiquiátrica de sofrimento mental, destacando-se a relação assimétrica entre profissional de saúde e paciente; para o reducionismo neurobiológico na concepção de homem e a conseqüente exclusão da importância da religião para o bem-estar humano. É demonstrada, também, a relação entre produções de sentido, religião e adoecimento mental, bem como a relação entre o contexto cultural e adoecimento mental, ou seja, a importância da contextualização para evitar a normatização e a rotulação dos religiosos e dos portadores de sofrimento psíquico. Em outro momento, aborda, mais detalhadamente, o contexto religioso e os diagnósticos de psicose e as confusões decorrentes das aparentes similaridades entre fenômenos religiosos (místicos/mediúnicos) e psicopatológicos – basicamente a esquizofrenia e o transtorno dissociativo de identidade – tecendo-se breve discussão acerca da realidade e dos estados alterados de consciência. Por fim, expõe a relação consciente/inconsciente no contexto religioso e sua importância para a saúde; a necessidade do escoamento da energia psíquica em direção ao sagrado; a busca do Deus interior como caminho para o surgimento do homem integral; o autoconhecimento e a consciência da alteridade como fatores que possibilitam transcender a insegurança que assola o homem pósmoderno.
Keywords: Subjetividade
Produção de sentido
Religiosidade
URI:  https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/123456789/2568
Issue Date: Nov-2007
Appears in Collections:PSI - Graduação

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