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metadata.dc.type: Outros
Title: Biomicroscopia ultrassônica para diagnóstico de glaucoma secundário: relato de caso (Destaque)
Authors: Cunha, Ana Paula de
Ferreira, Thiago Alegre Coelho
Wagner, Krisley Cruz
Abstract: Foi atendido no dia 06 de janeiro de 2021, um cão, macho, sem raça definida, 4 anos de idade. O paciente foi diagnosticado previamente com glaucoma bilateral não responsivo às medicações (dorzolamida e latanoprosta). Na avaliação da pressão intraocular, apresentou 42 mmHg no olho direito (OD) e 40 mmHg no olho esquerdo (OS), sendo o valor considerado normal de 15 a 25 mmHg em cães e gatos. Os outros parâmetros oculares se mostraram normais. Após avaliação clínica, suspeitou-se de glaucoma secundário a uveíte e foi solicitado a Biomicroscopia Ultrassônica (UBM). Para o procedimento foi realizada a sedação do paciente com dexmedetomidina e metadona, após administração dos fármacos foi instilado uma gota de colírio a base de cloridrato de oxibuprocaína à 0,4% nos olhos, sendo repetido após 10 minutos. Nas mensurações feitas através da UBM (Tabela 1) foi constatado que o tamanho da fenda ciliar, a área da fenda ciliar e a área do plexo angular estavam com suas mensurações zeradas, mostrando o total fechamento do ângulo iridocorneal pelo edema de íris causado pela uveíte (Figura 1). No laudo do exame constatou-se o fechamento da fenda ciliar e do ângulo de drenagem e espessamento da íris, edema de córnea bilateral com difícil diferenciação da linha de Shwalbe. Nesse caso, a uveíte foi tão intensa que a íris esteva edemaciada a ponto de comprimir o ângulo de drenagem e gerando um quadro de glaucoma bilateral, sendo necessário o tratamento das afecções. Para o tratamento, foi receitado o Triplenex (BID), o cloridrato de dorzolamida 2% (TID) e a prednisolona 1% (QID). Foi sugerido aos tutores que realizassem uma investigação sobre a causa primária da uveíte, mas se recusaram. Após 15 dias o paciente retornou, onde foi averiguado que a pressão intraocular estava estável, com isso manteve-se a dorzolamida (BID) e prednisolona (BID) por 15 dias. A prednisolona foi mantida por uso contínuo (BID), pois a quebra da barreira hematocular pode gerar uveítes recorrentes. O paciente foi acompanhado por 6 meses seguintes sem relatos de novas descompensações de pressões, mantendo os olhos visuais. Em situações de uveíte que cursem com sinéquia anterior periférica podem levar a oclusões da zona trabecular e da fenda esclerociliar. Com a UBM é possível uma resolução mais detalhada do ângulo iridocorneal e da fenda ciliar, sendo um método para diagnosticar glaucoma precoce em cães. A drenagem do humor aquoso (HA) ocorre por duas vias, a via não convencional e a via convencional responsável pela drenagem de cerca de 85 a 90% em cães e 97% em gatos. No caso relatado foi possível averiguar que este sistema de drenagem estava comprometido durante o processo inflamatório. Em casos de glaucoma secundário, a uveíte é a principal causa, pela capacidade de obstrução do ângulo iridocorneal. A UBM foi um exame fundamental para o diagnóstico de glaucoma secundário, pois com outros métodos diagnósticos não seria possível obter informações detalhadas do ângulo iridocorneal. Sendo assim, é uma forma de avaliação que está em constante crescimento na oftalmologia veterinária.
Keywords: Uveíte
Exame de imagem
Pressão intraocular
Oftalmologia veterinária
Glaucoma em animais
URI: https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/prefix/15419
Issue Date: 2021
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