Representações de feminilidade, estereótipos de gênero e mídias sociais

Abstract

O presente artigo desenvolve uma discussão teórica sobre as mulheres e suas vivências discriminatórias relacionadas a si e a seu corpo. O problema de pesquisa delimitado engloba duas questões: Como os padrões de existência arraigados em tradições patriarcais e sexistas influenciam e delimitam as noções de feminilidade e beleza corporal na atualidade? E: como e por que ocorrem as influências das mídias sociais e suas representações imagéticas na formação de identidade das mulheres sobre seus corpos e si mesmas. O objetivo é analisar os significados hegemônicos que contribuem na padronização de normas impostas nas mulheres e no corpo feminino na cultura brasileira e nas mídias sociais. Dentre os tópicos explorados, é desenvolvida a discussão teórica sobre o processo de construção da identidade e alteridade, e é feito um aprofundamento teórico sobre a formação do grupo identitário compreendido como mulheres, assim entendendo que as relações de gênero foram historicamente hierarquizadas, reduzindo o feminino ao seu papel materno e a sua beleza corporal, atualmente se traduzindo numa prisão das mulheres ao seu próprio corpo, na busca obsessiva de parecer jovens e magras (Novaes, 2011). Em conclusão, as principais contribuições do artigo são a ampliação da discussão teórica sobre o tema do sexismo, produzindo um maior entendimento da comunidade científica e não científica sobre esse tema e, por conseguinte, cooperando na desconstrução do sexismo na sociedade brasileira. São também enfatizadas as contribuições do movimento feminista, que não devem ser esquecidas nos avanços atuais em relação à liberdade individual e aceitação social de todos.