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dc.contributor.authorAmaral, Fernanda Guerra Roman Náufel do-
dc.date.accessioned2022-08-30T17:54:21Z-
dc.date.available2022-08-30T17:54:21Z-
dc.date.issued2022-
dc.identifier.urihttps://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/prefix/16099-
dc.description.abstractEste trabalho busca investigar as dimensões psicanalíticas e ideológicas do fenômeno da fome no Brasil contemporâneo. Partimos da compreensão de que pensar o vínculo entre sujeito e alimento é também pensar o próprio sujeito e suas formas de estar no mundo, de experienciá-lo e, de certa forma, de digeri-lo. Sendo assim, buscamos, no capítulo 1, conceitualizar e concatenar os conceitos psicanalíticos que estão à base das discussões propostas, a saber, o laço social e a identidade, ambos à luz da alimentação. Ainda neste capítulo, discorremos sobre os fatores de miscigenação e regionalização que compuseram a organização da culinária do país, desvelando o processo traumático de colonização e a busca pela (re)construção identitária operacionalizado por essa dinâmica. Essa discussão continua no capítulo 2, com maior ênfase nos efeitos da colonização na formação da cultura alimentar e as notícias sintomáticas da repercussão desse processo no campo social brasileiro. Esse eixo nos elucida como as tendências alimentares encontradas no Brasil fazem parte de uma mesma lógica ambivalente, que, ao tentar englobar e atualizar as raízes identitárias daqueles que puderam resistir à colonização, acabam por ocultá-las sob a identidade unificante que denominamos de brasileira. Por fim, no capítulo 3, nos havemos com as faces da fome na atualidade, analisando seus entraves políticos e ideológicos através de uma Análise do Discurso dos principais marcos de avanço e combate à fome na última década (2010-2022). Destacaram-se, nessas análises, o caráter cínico, individualizante e paranoide das narrativas que permeiam os debates políticos sobre a fome hoje. Essa trajetória nos conduz não apenas à compreensão dos limites das práticas psicanalíticas, mas também a questões muito mais amplas e herméticas do que a direção do tratamento. Vamos propor, com isso, que a criticidade da angústia instaurada pela fome parece elevar-se ao ponto de não conseguir mais operar como um motor dos processos de simbolização, distanciando-se, assim, de qualquer possibilidade de análise. Diante desse cenário, se instaura a demanda de que a Psicanálise tome para si o desafio de historicização dos ossos de sua teoria, dialetizando-se enquanto agente teórico capaz de competir com as hegemonias eurocêntricas, neoliberais e fascistas a partir das quais o país se orienta politicamente na contemporaneidade.pt_BR
dc.description.provenanceSubmitted by Priscilla Barreto (priscilla.barreto@uniceub.br) on 2022-08-26T12:39:41Z No. of bitstreams: 1 21707330.pdf: 743509 bytes, checksum: ac68707d031150069b9edcf096b1b305 (MD5)en
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dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.subjectFomept_BR
dc.subjectPsicanálisept_BR
dc.subjectIdeologiapt_BR
dc.subjectIdentidadept_BR
dc.subjectAlimentaçãopt_BR
dc.subjectPolíticapt_BR
dc.titleAté o osso: fome, ideologia e identidade no Brasilpt_BR
dc.typeTCCpt_BR
dc.date.criacao2022-
dc.identifier.orientadorJuliano Moreira Lagoaspt_BR
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