Revista de acadêmicos e egressos da Medicina - RAMED - v. 2, n. 1, 2024 : [11] Collection home page

ISSN: 2965-7121

Editorial

A Revista de acadêmicos e egressos da Medicina - RAMED é um periódico científico na área médica com objetivo de difundir e fomentar a iniciação científica pautada na melhor evidência, seguindo critérios internacionais de pesquisa realizado por alunos e egressos do curso de medicina orientado por seus professores. Neste espaço divulgamos os trabalhos acadêmicos de interesse da RAMED nos eixos temáticos de acordo com projeto pedagógico do curso de medicina do CEUB. O leitor tem a possibilidade de consultar no Repositório Institucional do CEUB o material completo do trabalho desenvolvido.
Editores Acadêmicos:
Dr. Neulânio Francisco de Oliveira
Dr. João de Sousa Pinheiro Barbosa

Periodicidade

Semestral

Editores Acadêmicos

Dr. PhD Neulânio Francisco de Oliveira
Dr. PhD João de Sousa Pinheiro Barbosa

Equipe técnica de avaliação científica

Allan Euripedes Rezende Napoli
Ademar Schultz Júnior
Alexandre Sampaio Rodrigues Pereira
Atena Oliveira Zatarin
Carmen Déa Ribeiro de Paula
Clara Greidinger Campos Fernandes
Fabiana Pilotto Muniz Costa Leal
Fabiana Xavier Cartaxo Salgado
Gerson Fernando Mendes Pereira
Hellen Crystine Vieira Branquinho
João de Sousa Pinheiro Barbosa
Larissa dos Santos Sad Pereira
Miriam Martins Leal
Phaedra Castro Oliveira
Ranieri Rodrigues de Oliveira
Renata Facco de Bortoli
Sabrina Feitosa Faria
Sandra Lúcia Branco Mendes Coutinho

Equipe técnico-científica

Rebekka Hae Rim Kim
Bruna Rabello Iglesias
Christiane Nazareth Silva
Nicole Tie Furrier Serikava
Pedro Miranda Vieira Bezerra
Isabella Eduarda de Godoy Oliveira
Eduarda Paula Markus Xavier

 

Endereço e contatos

Centro Universitário de Brasília

SEPN 707/907 Campus do CEUB

Cep 70790-075 Brasília-DF

Fone: 61 3966-1359

E-mail: biblioteca@uniceub.br

Fisiopatologia da bronquiolite viral aguda em pacientes pediátricos: abordagem na atenção primária

Autores: Geovana Lavínia dos Santos Leite, Lucas Rodrigues Gobbi, Gabriela Veiga de Castro Cabrero, Isabella Rios Mármore Campos, Letícia Brasil Sachsida, Renato Resende Mundim

Resumo

Tendo em vista a importância da Atenção Básica em atuar como porta de entrada para crianças com queixas respiratórias, essa revisão de literatura foi desenvolvida com o objetivo de apresentar características da bronquiolite viral aguda, relacionado a um atendimento adequado nos serviços de Atenção Primária à Saúde. Foram realizadas buscas bibliográficas em bases de dados, limitando-se a trabalhos publicados desde 2001 até a presente data, além de terem sido utilizados descritores e operadores booleanos como ferramentas auxiliares. Os resultados demonstraram que a necessidade de internação hospitalar dos pacientes pediátricos é superior a 65% e que durante os meses mais frios, ocorre um aumento exponencial na quantidade de casos, evidenciando a sazonalidade da infecção. Portanto, referente a conduta adequada, tem-se como sinais de alerta: saturação de oxigênio inferior a 92%, prematuridade, recém-nascidos com idade gestacional inferior a 34 semanas, frequência respiratória superior a 70 cpm, atelectasia pulmonar e idade inferior a três meses. Quanto aos critérios adotados para internação hospitalar, toma-se: episódios de apneia, sinais de desidratação, desconforto respiratório - FR>60, saturação <92% persistente, cianose, retração torácica, prostrações, hipoatividade, idade menor que 3 meses, crianças portadoras de comorbidades e prematuridade. Outrossim, é papel da Atenção Primária ser provedora de orientações para a população e acompanhar longitudinalmente os pacientes com bronquiolite viral aguda com objetivo de minimizar agravos da doença e diminuir o número de internações. Entretanto, o sistema de saúde brasileiro necessita de melhorias na estrutura, nas terapêuticas ofertadas para bronquiolite, no diagnóstico e nos serviços de imunização, de modo a promover maior efetividade no tratamento de doenças respiratórias.

Palavras-chave: Bronquiolite; Pediatria; Conduta; Atenção Primária.



Revisão de literatura sobre o tratamento clínico da apendicite aguda

Autores: Leandro Martins Gontijo, Beatriz Izaura Pires, Marina Sales Fiuza, Luisa Rasia Montenegro, Ana Cristina Sperandio Sabino e Ádria Maria Nascimento Junior

Resumo

A apendicite aguda é uma das situações emergenciais com maior incidência. Esta condição impacta consideravelmente a qualidade de vida dos pacientes e pode ter altas taxas de morbidade e mortalidade se não tratada adequadamente. A apendicectomia é considerada a escolha tradicional para resolver o problema. Entretanto, com o avanço da medicina e de tratamentos menos invasivos, a terapia com antimicrobianos vem se destacando como uma alternativa menos invasiva. Objetivo: sintetizar os avanços recentes e os resultados no tratamento clínico da apendicite aguda em comparação com a apendicectomia. Métodos: busca nas bases de dados científicas PubMed, Scopus, Web of Science, Google Scholar, JSTOR e Cochrane Library, limitada a artigos publicados entre 2020 e 2024, incluídas as palavras-chave "apendicite", "tratamento clínico", "manejo", "tratamento não cirúrgico", "terapia antibiótica", "apendicite aguda", e "tratamento conservador". Resultados e discussão: A terapia antibiótica mostrou eficácia, com taxas de falha inicial de 5% a 20% e sucesso a longo prazo variando de 60% a 84%, com riscos de recorrência de 35,2% em três anos e 39,1% em cinco anos. No entanto, não há uma diretriz claramente definida e a taxa ainda é elevada de recorrência após o tratamento medicamentoso. Conclusão: Embora o tratamento conservador com antibioticoterapia tenha demonstrado ser uma opção viável para casos não complicados de apendicite, a abordagem cirúrgica continua a ser preferencial devido à sua eficácia e segurança a longo prazo.

Palavras-chave: Gerenciamento Clínico; Gestão de Antimicrobianos; Tratamento conservador;Apendicectomia.



TDAH e a instabilidade emocional em crianças e adolescentes

Autores: Rafael Benício Bonatelli Moni, Giovana Romariz Mazon, Heloísa Hiromi Ohofugi, Isabella Couto Tabak, Sol Henrique de Oliveira Goulart, Vitória Coelho Ribeiro e Dra. Tania Inessa Martins de Resende

Resumo

O estudo abordou o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e investigou seu impacto na qualidade de vida e nas emoções de crianças e adolescentes. O objetivo principal foi compreender os desafios enfrentados por essas pessoas, a fim de refletir sobre o suporte adequado a ser ofertado, para melhor qualidade de vida e o desempenho acadêmico e profissional e reduzir o estigma associado a essa condição. Durante a pesquisa, foram realizadas análises para examinar como o TDAH afeta a qualidade de vida das crianças e adolescentes. A qualidade de vida é um conceito amplo que envolve vários aspectos, como saúde física e mental, relacionamentos sociais, desempenho escolar e satisfação geral com a vida. Foram considerados fatores como autoestima, habilidades sociais, dificuldades de concentração, impulsividade e hiperatividade. Além disso, o estudo também se concentrou nas emoções desses indivíduos. O TDAH e o estigma a ele associado podem levar a uma variedade de problemas emocionais, como ansiedade, depressão, frustração e baixa autoestima. Compreender como o transtorno afeta as emoções é fundamental para desenvolver estratégias de intervenção eficazes e melhorar o bem-estar emocional das crianças e adolescentes.

Palavras-chave: Qualidade de vida; Tratamento do TDAH; Emoções.



Uso de toxina botulínica na terapêutica da onfalocele gigante: uma revisão de bibliografia

Autores: Ádria Maria Nascimento Júnior, Amanda Ashton Baeta Barros, Giulia Longoni Manfroi, Maria Eduarda de Holanda Coelho, Nicole Beck Bonatto, Nycolle de Azevedo Moreira de Araujo, Karen Araujo Morais, Gislayne Santos Rota

Resumo

A OG é definida por um defeito congênito de fechamento da parede abdominal com protusão de conteúdo abdominal, na qual o saco herniário mede, no mínimo, 5 cm. Essa doença é bastante correlaiconada com outras anomalias e com uma alta taxa de morbimortalidade. O objetivo deste estudo é analisar o impacto do uso da toxina botulínica na terapêutica e no prognóstico da onfalocele gigante (OG). O tratamento da OG consiste em reparação cirúrgica, que muitas vezes, oferece altos riscos durante o procedimento e no pós operatório. O uso da toxina botulínica é uma técnica recente, de mínima manipulação, usada no pré-operatório, que visa reduzir estes riscos, sendo considerada uma terapia adjuvante no tratamento. Estudos comprovam que a toxina diminui a tensão muscular na linha média abdominal, reduzindo o aumento de pressão intra-abdominal após a cirurgia. Conclui-se que a toxina botulínica tem auxiliado positivamente no curso terapêutico da onfalocele gigante.

Palavras-chave: Hérnia umbilical; Parede abdominal; Recém-nascido.



Diagnóstico de distúrbios relacionados ao glúten: doença celíaca, sensibilidade ao glúten não celíaca e alergia ao trigo em crianças de 1 a 12 anos de idade

Autores: Maria Eduarda de Holanda Coelho, Júlia Cruvinel Rabello, Érica Harumi Kanai Suzuki, Beatriz Barifaldi Hirs Quintiere, Isabela Neves de Camargo

Resumo

A doença celíaca é uma doença de caráter multissistêmico, autoimune, provocado pela ingestão do glúten. Ocorrendo em indivíduos geneticamente predispostos, esta propensão relaciona-se ao sistema HLA e é uma das principais etiologias de diarréia crônica em crianças. OBJETIVO: Este artigo objetiva revisar acerca do diagnóstico de distúrbios associados ao glúten: doença celíaca, sensibilidade ao glúten não celíaca e alergia ao trigo, focando na abordagem clínica de crianças entre 1 a 12 anos. MATERIAIS E MÉTODOS: A revisão foi realizada nos bancos de dados nacionais e internacionais, como Scielo e PubMed, com artigos publicados entre 2018 e 2023. DISCUSSÃO: Os distúrbios relacionados ao glúten são muito comuns em pacientes pediátricos. A doença celíaca é tratada de acordo com protocolos gastroenterológicos, sendo diagnosticada através de sorologias, biópsia duodenal e presença de HLA-DQ2/DQ8, enquanto a alergia ao trigo é desencadeada por um mecanismo IgE dependente. A sensibilidade ao glúten é considerada separadamente por não ser uma doença autoimune ou alérgica. CONCLUSÃO: As três enfermidades se assemelham significativamente em sua sintomatologia, sendo essencial realizar testes de diagnóstico diferencial entre elas.

Palavras-chave: Distúrbios gastrointestinais; Doença celíaca; Glúten; Alergia ao trigo; Sensibilidade não celíaca ao glúten; Crianças.



Relato de experiência: “a dor de uma criança invisível” sob a perspectiva da medicina narrativa

Autores: Marcos César Brites Garcia, Felipe Marques Costa ,Julia Yukie Nozawa, Maria Eduarda Albuquerque Veras, Rayssa Medeiros Léda

Resumo

:O uso da medicina narrativa no ensino e na formação médica humanizada é uma técnica proposta por Rita Charon que visa humanizar a prática médica, valorizando as dimensões subjetivas do paciente. O relato é baseado na experiência de um estudante do 4º semestre, que enfrentou temas delicados como autoextermínio e violência sexual. Métodos: trata-se de um estudo qualitativo do tipo relato de experiência, utilizando a medicina narrativa. Foram incluídos artigos das bases SciELO, BVS, e PubMED publicados nos últimos 10 anos, pela pesquisa das palavras-chave medicina narrativa, educação médica, comunicação e relação médico-paciente. Relato de Experiência: um estudante de medicina, durante seus atendimentos no Hospital Regional de Planaltina, se depara com Anny, uma adolescente com pensamentos autodestrutivos. O estudante teve de acolhê-la com cautela devido à vulnerabilidade de sua situação, a qual incluía histórico de violência sexual, além de lidar com o descaso de sua mãe com a situação em que ela se encontrava. Discussão: a medicina narrativa mostra-se eficaz na humanização do atendimento, aprimorando as habilidades de observação e descrição, além da valorização da comunicação empática. A atenção à linguagem verbal e não-verbal tem o poder de melhorar as habilidades comunicativas. A técnica também facilita a investigação semiológica e a inclusão da família no processo terapêutico, sendo fundamentais para a evolução clínica favorável. Considerações finais: o relato ilustra a importância da medicina narrativa e da abordagem humanista na prática médica. Ao aplicar esse método, o estudante obteve informações cruciais e proporcionou benefício terapêutico significativo. Apesar das limitações, como a impessoalidade e a dificuldade de avaliação objetiva, a técnica mostrou-se essencial para interpretar o contexto clínico do paciente e promover um tratamento mais efetivo.

Palavras-chave: Educação Médica; Comunicação; Relação Médico-Paciente.



Uso de canabidiol em pacientes pediátricos com epilepsia refratária ao tratamento convencional: propriedades farmacológicas e evidências disponíveis

Autores: Júlia Maroccolo da Silva Lima e Prof. Dr. Nivaldo Pereira Alves

Resumo

Atualmente, o canabidiol (CBD) representa uma alternativa favorável para o tratamento de epilepsias refratárias ao tratamento convencional, porém ainda não há consenso acerca de seu uso em diferentes síndromes. Sendo assim, o presente estudo visa avaliar as evidências atualmente disponíveis na literatura acerca das propriedades farmacológicas e do uso clínico do canabidiol em pacientes pediátricos com epilepsia refratária ao tratamento convencional. Foi realizada uma revisão clínica baseada na literatura disponível nas bases de dados Pubmed, LILACS e Scielo utilizando os descritores “Cannabidiol” e “Epilepsy”, presentes no DeCS/MESH, sendo selecionados 20 artigos, publicados entre 2014 e 2024. Encontrou-se que, nesse contexto, o CBD pode atuar tanto por vias que visam o controle da excitabilidade neuronal, quanto por vias anti-inflamatórias, visto que a neuroinflamação constitui um fator contribuinte para o quadro. Ainda, apesar de sua farmacocinética apresentarse de forma complexa e de alguns estudos ainda apresentarem limitações metodológicas, o uso do CBD para variadas formas de epilepsia refratária vem produzindo respostas satisfatórias, com redução da frequência de crises convulsivas e tolerabilidade favorável. Sendo assim, conclui-se que o CBD representa uma alternativa promissora no tratamento dessa condição, sendo importante o desenvolvimento de evidências mais robustas de modo a orientar a construção de protocolos adequados e obter a aceitação regulatória.

Palavras-chave: Canabidiol; Epilepsia Resistente a Medicamentos; Farmacologia.



Picada de animais peçonhentos: uma análise epidemiológica entre os anos de 2013 a 2023

Autores: Marcelo Henrique Ribeiro Amoroso, Christiane Nazareth Silva, Gabriela Veiga de Castro Cabrero, Lívia Helene da Costa Rabelo, Victor Siqueira Teixeira, Daniel Amaro Sousa

Resumo

Os acidentes ocasionados por animais peçonhentos constituem problema de Saúde Pública no Brasil, tendo em vista a gravidade das lesões fisiopatológicas dosedependentes provocadas pela picada. Nesse sentido, o presente estudo investiga a incidência de acidentes por animais peçonhentos no Brasil entre os anos de 2013 a 2023. O objetivo da pesquisa é analisar os dados epidemiológicos desses acidentes, com foco na distribuição geográfica e características demográficas das vítimas. A metodologia inclui uma análise exploratória da base de dados DATASUS, além de uma revisão integrativa da literatura complementar com trabalhos entre os anos de 2018 a 2024. Os dados foram organizados em planilhas para análise e, em seguida, expostas em gráficos. Os resultados da pesquisa mostraram um total de 2.605.369 casos notificados no período entre 2013 a 2023, com maior incidência nas regiões Nordeste e Sudeste. Ademais, as serpentes foram responsáveis por cerca de 57% dos casos, seguidas pelas aranhas e escorpiões. A partir da análise demográfica, foi mostrado que os indivíduos do sexo masculino e na faixa de 20 a 39 anos representam o grupo de maior incidência de acidentes por picada de animais peçonhentos no período analisado. Além disso, a maioria dos casos resultou em cura, entretanto há registros de sequelas e óbitos. Em suma, a análise epidemiológica dos acidentes por picada de animais peçonhentos no Brasil entre 2013 e 2023 revelou uma tendência preocupante de aumento nos casos notificados. O estudo destaca a necessidade de melhorias nos sistemas de notificação, bem como o fortalecimento de políticas públicas para a prevenção e tratamento eficazes.

Palavras-chave: Animais Venenosos; Epidemiologia; Análise Espaço Temporal;Sistemas de Informação em Saúde.



Aspectos nutricionais do manejo de pacientes em crise por COVID 19

Autores: Isabela Isa, Eduarda Paula Markus Xavier e João de Sousa Pinheiro Barbosa

Resumo

A síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por Coronavírus SARS-CoV-2, identificado em 2019, desencadeou a pandemia de COVID-19, resultando em milhões de casos e mortes globalmente. A infecção, muitas vezes severa, causa inflamação e disfunções orgânicas. Diante da pandemia de COVID-19, enfatiza-se a importância urgente de tratamentos específicos para gerenciar inflamações agudas. A ciência nutricional é apresentada como uma ferramenta crucial nesse contexto, especialmente para pacientes em crise, logo, este trabalho visa obter evidências sobre a relação de fatores nutricionais influenciando aspectos do reforço imunológico e anti inflamatório fisiológico a fim de buscar um melhor manejo dos pacientes graves. Neste estudo de revisão literária, foram utilizadas as bases de dados como PubMed, Medline e SciELO. Foram selecionados 20 estudos relevantes publicados entre 2016 e 2024, em português e inglês, que abordavam o tema proposto. Foram excluídos artigos duplicados, não disponíveis ou que não se alinhavam com o tema. Evidenciou-se como a terapia nutricional emerge como estratégia crucial, visando otimizar a resposta imunológica e reduzir complicações, especialmente em internações prolongadas, onde a desnutrição pode agravar o prognóstico. Foi observado como as vitaminas D, C, A, B6, B12, folato, minerais como zinco, ferro, cobre, selênio, probióticos e nutrientes, possuem potencial em modular a resposta imunológica, atenuar a inflamação e apoiar a integridade do epitélio respiratório. Portanto, viu-se a importância da intervenção multidisciplinar, envolvendo médicos, nutricionistas, enfermeiros e farmacêuticos para garantir manejo adequado e personalizado e protocolar manejos nutricionais durante as internações de pacientes críticos de Covid-19.

Palavras-chave: Covid-19; Cuidados críticos; Nutrologia.



Análise epidemiológica de casos de hepatite em crianças e adolescentes nos anos de 2012 a 2022

Autores: Gabriela Veiga de Castro Cabrero, Christiane Nazareth Silva, Marcelo Henrique Amoroso e Daniel Sousa Amaro

Resumo

Este estudo examina a evolução dos casos de hepatites virais no Brasil entre 2007 e 2023. O objetivo é analisar a distribuição dos casos por região, faixa etária, gênero e raça, além de identificar padrões em gestantes. A análise busca entender as variações e tendências ao longo dos anos. Método: Foi realizada uma análise dos dados epidemiológicos de hepatites virais em pessoas menores de 19 anos entre 2012 e 2022, obtidos do DATASUS. Resultados: Os dados evidenciam variações significativas na incidência das hepatites virais entre as regiões brasileiras. A Região Norte teve o maior número de casos em 2012, mas uma redução notável a partir de 2016. Por outro lado, a Região Sudeste experimentou um aumento nos casos até 2022. A análise por faixa etária revela alta prevalência em crianças menores de 1 ano e jovens de 10 a 14 anos. Entre os gêneros, as mulheres apresentaram maior incidência do que os homens, especialmente após 2015. O número de casos em gestantes foi elevado em 2012, mas diminuiu ao longo dos anos. A distribuição racial mostrou maior prevalência entre indivíduos pardos, seguidos por brancos e pretos. Estados como São Paulo e Bahia registraram altos índices, enquanto Acre e Roraima apresentaram números baixos. Discussão: As variações na incidência de hepatites virais refletem mudanças nas estratégias de diagnóstico e nas políticas de saúde pública. A alta persistente na Região Sudeste e em certas faixas etárias destaca a necessidade de intervenções específicas. Além disso, as diferenças regionais e raciais sugerem a necessidade de políticas adaptadas às características locais. Conclusão: O estudo evidencia a necessidade de estratégias de saúde pública mais específicas para lidar com a prevalência de hepatites virais, com foco particular nas regiões e grupos etários mais afetados. A análise contínua dos dados é crucial para a eficácia das políticas de prevenção e controle.

Palavras-chave: Indicadores de Impacto Social; Hepatite; Pediatria.



Uso do metilfenidato, sem prescrição médica, dentre os estudantes de medicina: uma revisão de literatura

Autores: Gabriel Ramos Muniz Braga, Ádria Maria Nascimento Júnior, Amanda Barbosa Peres, Murillo Carvalho D'Abadia, Lucas Silveira Benevides

Resumo

O metilfenidato é um medicamento utilizado para tratar diversas condições, dentre elas o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Contudo, seu uso ilegal por estudantes de medicina tem se tornado cada vez mais comum, visando o aprimoramento desses alunos nos estudos e melhora no seu rendimento acadêmico e desempenho profissional. O objetivo deste estudo é analisar o uso de metilfenidato por estudantes de medicina, bem como compreender as causas e implicações de sua utilização, principalmente em pessoas que não tem indicação para consumo desse medicamento. Esse estudo é uma revisão integrativa de literatura que se baseia em publicações científicas da área médica e documentos oficiais do governo brasileiro. Dentre os achados encontrados, os estudos foram contraditórios no que diz respeito à prevalência do uso por um sexo específico, bem como não foram encontradas informações substânciais que confirmassem a utilização em um período específico do curso em detrimento do outro. Contudo, a maioria dos estudos encontraram um consenso indicando a razão e as consequências para o uso do medicamento pelos estudantes. O estudo concluiu que a utilização do medicamento em questão apresenta demasiados efeitos colaterais e interações medicamentosas, piorando a qualidade de vida dos usuários que não tem indicação para seu uso, além de piorar o rendimento acadêmico desses alunos.

Palavras-chave: Metilfenidato; Estudantes; Medicina; Estimulantes; Prescrição.



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