APRESENTAÇÃO
Reflexões sobre um percurso metodológico: notas sobre pesquisa histórica e documental
Autora: Cristiane de Assis Portela
Resumo:
Apresentarei nesta comunicação algumas reflexões sobre pesquisa histórica, destacando o tratamento metodológico de documentos ao compartilhar meu próprio percurso de pesquisa para produção de tese de doutorado. A tese consistiu em uma historicização do conceito de indigenismo, buscando na intelectualidade brasileira do século XIX os elementos que conferiram significado ao termo. Argumentei que o conceito de indigenismo, conforme hoje concebemos, carrega consigo o peso semântico e as marcas das oposições construídas historicamente em torno do tema. A fim de sustentar esse argumento, dediquei-nos à interpretação de fontes diversificadas da literatura do período (especificamente nas obras de José Bonifácio, Robert Southey, Gonçalves Dias, Couto de Magalhães, Francisco Varnhagen e Gonçalves de Magalhães) e das publicações nas revistas do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), no período entre 1839 e 1889, sendo tais análises subsidiadas pela leitura de historiadores e pesquisadores de áreas afins.
Historiografia goiana: quando a história escrita se torna documento
Autor: Deusdedith Alves Rocha Junior
Resumo:
Esta é uma proposta de pesquisa sobre a historiografia goiana, que em seus primórdios, teve nos primeiros historiadores que se dedicaram à consubstanciação dos temas, fatos e elementos que dariam sentido à história de Goiás, a repetição dos modelos historiográficos predominantes no Brasil daquele período, a “fórmula” consagrada pelo Instituto Histórico e Geográfico do Brasil – IHGB. Esta se esforçava para explicar a unidade nacional a partir de uma continuidade histórica que remetia ao período colonial. Nesse sentido, trata-se de um estudo de historiografia que aponta para as tensões promovidas pelas escalas “regional” e “nacional” na escrita da história do Brasil.
As políticas do perdão e a reconciliação na Austrália e no Canadá
Autora: Ana Catarina Zema de Resende
Resumo:
As sociedades que questionam hoje as relações de dominação oriundas do colonialismo, começando por identificar e reconhecer os impactos causados pelos erros do passado e suas seqüelas na atualidade, são interpeladas por um desejo de justiça que se volta para o passado. O reconhecimento das discriminações e traumatismos históricos surge como uma necessidade de se ter em conta duas dimensões temporais: de um lado os traços do passado traumático e de outro, o peso presente deste passado não assumido, não reconhecido e não rememorado. Aqui se encontram as temáticas do perdão e da memória. As políticas do perdão remetem a um conjunto de discursos e dispositivos políticos que visam não apenas o reconhecimento dos atores políticos que sofreram direta ou indiretamente a violência do Estado, mas que apontam também para um dever de justiça, uma reparação, uma restituição material e uma reconciliação. Canadá e Austrália decidiram se retratar com os povos indígenas pelas políticas agressivas e racistas de assimilação e, após pedidos de desculpas, deram início a um processo de reconciliação. Depois da análise dos processos que levaram à reconciliação, mostraremos como as políticas do perdão tomaram rumos diferentes nos dois países.
Pensar Brasília, pensar história, pensar cinema l
Autora: Anna Lorena Morais
Resumo:
O século XX é carregado de grandes transformações e significações as quais nos remetemos ao pensar sobre a História na atualidade. Importantes movimentos, escolas, teorias, conceitos como a micro e macro história, Escola de Frankfurt, Annales, Nova História e, sobretudo, a história cultural ganharam espaço e tomaram rumo que hoje reflete, entre outros campos, como da própria historiografia, no fazer história, e como se registrar a história. A história que hoje presenciamos permite ao pesquisador buscar fontes que vão além do documento escrito, possibilitando o acesso a registros orais, literários, fotográficos... e cinematográficos, que é objeto deste trabalho. Com base na análise de três documentários sobre a capital: A Capital dos Brasis; Rap, o Canto da Ceilândia; e Brasília - Contradições de uma Cidade Nova este artigo procura traçar a importância em se usar o cinema como fonte de se pesquisa para se pensar Brasília no ensino de história.
Homossexualidade e ambiente escolar: a teoria queer como proposta para formação inicial e continuada de professores
Autor: Vinícius Lopes Torres
Resumo:
A homossexualidade é um tema que ganha cada vez mais visibilidade na sociedade atual, ou seja, ela é muito mais visível hoje do que fora antigamente. Já ganha seu espaço na política com a tentativa de criminalizar a agressão contra homossexuais e inicia – se ações dentro do ambiente escolar. O presente ensaio propõe uma reflexão sobre o debate acerca da homossexualidade, buscando sinalizar leituras e promover ações educativas que não enfatizem os estereótipos em torno do tema. Argumento que a aproximação da Teoria Queer é um ponto importante para a formação – inicial e continuada – dos educadores para atingir os propósitos de uma educação voltada para a diversidade.
Entre sonhos, utopias e realidade: a presença da mulher no cotidiano dos movimentos sindicais
Autores: Aurora da Silva Pereira, José Rubevan de Oliveira Lucena e Nayara Magalhães dos Santos
Resumo:
Esta comunicação tem como ponto de partida a presença da militante PaulaLima no movimento contra a demissão de 2.800 funcionários da Ford, ocorrida no anode 1998 na cidade de São Bernardo do Campo, localizada na “grande São Paulo”. Apartir da análise de entrevista concedida por Paula Lima a Roberto Véras e Maria CéliaPaoli (publicado em SANTOS, 2009), que trata de sua participação nesse movimento,pretende-se ampliar o estudo, percebendo a importância da participação da mulher nos movimentos sindicais nas décadas de 1980 e 90. Nesse contexto, abordaremos temas como enfrentamento e medo, engajamento e discurso, aspectos presentes no cotidiano de Paula Lima e de suas demais companheiras de luta.
Representações dos indígenas de Goiás: investigando a revista do instituto histórico geográfico brasileiro (1838 – 1889)
Autora: Isabel Escobar Crescencio
Resumo:
Apresento nesta comunicação algumas reflexões sobre as estratégias metodológicas adotadas durante uma pesquisa realizada para conclusão do curso de Graduação em História. O trabalho produzido objetivou uma análise das representações acerca dos indígenas em Goiás no Século XIX e, a partir dela, uma reflexão acerca da constituição do imaginário popular goiano. Foram utilizados como fonte de pesquisa, 25 artigos selecionados da revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro- IHGB. O contato ocorreu em três passos metodológicos que buscaram otimizar os resultados da pesquisa. O suporte metodológico utilizado foram as temporalidades definidas por Koselleck na História dos Conceitos; divididas em: Leituras do Passado, Interpretações do Presente e Perspectivas de Futuro. Estas temporalidades foram utilizadas como instrumento de análise histórica para compreender os mecanismos de constituição das representações indígenas no imaginário popular goiano.
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